Neste mês de Setembro, foi realizada a Reunião da Comissão Internacional da Baleia - (CIB), com o intuito de proteger a vida das baleias. A Reunião teve seu encerramento no dia 14, Sexta-Feira.
Na Quarta-Feira dia 12 de Setembro, durante a 67ª reunião da CIB (Comissão Internacional da Baleia), que ocorreu no Resort Costão do Santinho, foi aprovada a caça de mil baleias, com abstenção do governo Brasileiro na votação, para questões de subsistência indígena em países como Dinamarca, Estados Unidos e Rússia.
Além da aprovação da caça de mil baleias, foi negada na Terça-Feira, dia 11, a criação do Santuário de Baleias no Atlântico Sul, proposta que vem sendo apresentada desde 2001.
José Truda Pallazzo Jr, do Instituto Baleia Jubarte e um dos idealizadores do Santuário, comentou sobre o decidido: “Uma vez mais a proposta do Brasil, Argentina, Uruguai, África do Sul e Gabão para criar um Santuário de Baleias do Atlântico Sul foi bloqueada pelo bloco de países pobres reféns da pressão econômica do Japão na Comissão Internacional da Baleia. Apesar de obter, como em vários anos anteriores, uma maioria de votos, a proposta precisaria de 3/4 de votos para ser aprovada. Foram 39 votos favoráveis, 25 contrários e três abstenções”
Foram cinco dias de discussões intensas nesta que foi a 67ª Reunião da CIB. A Reunião terminou com um resultado muito otimista, mais uma vez, negando a proposta japonesa de retornar às atividades de caça comercial das baleias.
Não apenas o Japão, outros países apoiavam a proposta japonesa chamada de "Way Foward", Noruega, Islândia e Senegal estavam entre estes países.
Assim como representantes a favor da proposta "Way Forward" estavam presentes na reunião, muitos contra a caça comercial "sustentável" proposta pelos japoneses também marcaram presença dentro e fora do evento bienal no Resort Costão do Santinho. Muitos ativistas fizeram protestos em frente ao evento para dar suporte aos que estavam lutando contra esta atividade, que já é controlada desde 1986.
Ativistas de todo o mundo estavam presentes nos protestos em frente ao Resort Costão do Santinho, expondo sua total oposição à caça de cetáceos (baleias e golfinhos). ONGs como a Surfers for Cetaceans, Hard to Port, Sea Shepherd e o Instituto Socioambiental da Praia do Santinho, manifestaram-se de forma pacífica porém enfática, chamando assim a atenção da mídia nacional e internacional, por suas preocupações perante a vida das baleias e golfinhos, e a importância dos mesmos para o meio ambiente e a sustentabilidade.
Esta foi a primeira reunião da CIB realizada na América do Sul, e por 41 votos a favor e 27 contra, a Declaração de Florianópolis (que propõe aprimorar o propósito da Comissão Internacional da Baleia para a conservação da vida das baleias e não apenas a gestão de estoques pesqueiros), aprovando assim, medidas que reafirmam a moratória de 1986.
A declaração não só reafirma a moratória, como também concorda que são completamente desnecessários os métodos de pesquisa letais a cetáceos, proposta acordada entre Brasil, Argentina, Colômbia, México, Chile, Costa Rica, Panamá e Peru.
Pode-se dizer que o resultado da 67ª Reunião da Comissão Internacional da Baleia teve uma conclusão muito otimista, apesar de tantos assuntos polêmicos e interesses de países baleeiros. Nas palavras de Alexia Wellbelove, da ONG Humane Society International ao jornal Sydney Morning Herald, jornal australiano: "Ver essas medidas aprovadas na CIB é um tanto confuso, sendo animador ver a comissão ter um papel tão importante na proteção dos cetáceos, mas que mesmo assim, há ações na CIB – do Japão e outros – para matar os mesmos animais por lucro."
Diretora da AS Soluções Ambientais & Engenharia CREA 126680-7 Engenheira Ambiental pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Atuante há aproximadamente 8 anos na área ambiental, coordenadora e participante de mais de 150 estudos ambientais para o setor imobiliário, comercial, turístico e energético, entre eles EIA/RIMA, EIV, EAS, RAP, EVA, PBA, Planos de Gerenciamento de Resíduos, Estudo de Tráfego, ECA, Estudo Específico de Localização, Estudo Passivo Ambiental, Licenciamento Ambiental, laudos ambientais,gerenciamento ambiental para implantação de obras e outros. Experiência internacional em gerenciamento de projetos pela University of Colorado Boulder (EUA) e em pesquisa pela U.S.Geological Survey. Trabalhou na Diretoria de Recursos Hídricos (DRHI) (consultora do banco mundial), Ambiens Consultoria Ambiental (coordenadora) e Caruso JR Estudos Ambientais & Engenharia.